Entre falar e fazer...
Este blog ficou congelado por muitos dias, meses pra dizer a verdade. Isso resume muito bem o que aconteceu com minha prática! Simplesmente pus dentro do armário das vontades e adiei por mais um longe e tenebroso inverno.
Mas recentemente algo curioso acontenceu.
Sonhei com a Monja Coen. Duas vezes.
Na primeira vez, há quase 1 meses atrás, ela estava num quartinho pequeno, todo iluminado e eu também estava lá, mas ela não me via. Então, ela abriu uma porta de onde saiu um clarão de luz branca, se ajoelhou, beijou o chão do quarto e saiu pela porta, sumindo na luz.
Já no segundo sonho, que aconteceu exatemente nesta madrugada, eu conversava com ela, contando o meu primeiro sonho, ela me olhava com uma cara intrigada, e ao mesmo tempo, mantendo aquele sorriso tão caracteristico. Uma outra monja estava ao lado dela, e me dizia: "Não perca seu tempo contando sonhos, eu estava lá e já contei a ela. Agora o que você tem que fazer é começar a FAZER." E então despertei do sonho.
Muito simbólico e interessante, mas isso nada mais foi do que meu inconsciente frustado se manifestando. Onde foi parar aquele desejo quase que divino de seguir o caminho ZEN, de meditação, estudo e prática? Ontem, antes de ir dormir e ter esse sonho, me senti totalmente descontente comigo mesma por não estar firme nas minhas escolhas. De sempre adiar as visitas ao templo, e pior de tudo... adiar a prática no dia-a-dia. Praticar o vegetarianismo, cortar exageros desnecessários e praticar o bem, diminuindo os danos e sofrimentos dos outros.
Entre falar sobre o budismos e praticar o budismo há um grande abismo que só poderá ser transposto com a reafirmação das minhas vontades e muita, mas muita calma e compaixão.
alissandrarocha@gmail.com
Mas recentemente algo curioso acontenceu.
Sonhei com a Monja Coen. Duas vezes.
Na primeira vez, há quase 1 meses atrás, ela estava num quartinho pequeno, todo iluminado e eu também estava lá, mas ela não me via. Então, ela abriu uma porta de onde saiu um clarão de luz branca, se ajoelhou, beijou o chão do quarto e saiu pela porta, sumindo na luz.
Já no segundo sonho, que aconteceu exatemente nesta madrugada, eu conversava com ela, contando o meu primeiro sonho, ela me olhava com uma cara intrigada, e ao mesmo tempo, mantendo aquele sorriso tão caracteristico. Uma outra monja estava ao lado dela, e me dizia: "Não perca seu tempo contando sonhos, eu estava lá e já contei a ela. Agora o que você tem que fazer é começar a FAZER." E então despertei do sonho.
Muito simbólico e interessante, mas isso nada mais foi do que meu inconsciente frustado se manifestando. Onde foi parar aquele desejo quase que divino de seguir o caminho ZEN, de meditação, estudo e prática? Ontem, antes de ir dormir e ter esse sonho, me senti totalmente descontente comigo mesma por não estar firme nas minhas escolhas. De sempre adiar as visitas ao templo, e pior de tudo... adiar a prática no dia-a-dia. Praticar o vegetarianismo, cortar exageros desnecessários e praticar o bem, diminuindo os danos e sofrimentos dos outros.
Entre falar sobre o budismos e praticar o budismo há um grande abismo que só poderá ser transposto com a reafirmação das minhas vontades e muita, mas muita calma e compaixão.
alissandrarocha@gmail.com
5 Comments:
Pura verdade... E não só com a religião, neste momento me parece que a vida se resume em "falar" e "fazer"...
Muita perseverança e força de espirito para prosseguir.
Mas nós sabemos exatamente o porque de estar aqui, não é mesmo?
fiquei muito contente com a volta do seu blog. Ao ler seu post me voltou à cabeça uma id´peia que tinah ficado ficado mal formulada e guardada na gaveta do meio desta nossa vida atribulada, que era a de uma revista na qual pessoas comuns - bom, comuns não, digamso, leigas - de diversas fés falassem do cotidiano de suas experiências espirituais, não como algum estudo teológico ou coisa do tipo, mas como uma vivência cotidiana que pudesse ser util ao "homem comum". Como toda idéia tem de nascer como semente, que tal pensar em uma rede de blogs ou coisa do tipo reunindo pessoas com este tipo de preocupação. Se tiver interesse vamos amadurecer a idéia, que tal?
Crise. Há um momento da nossa peça em que pergunto, mas que crise? Nunca tinha pensado nesta fala como algo diferente de momento complicado, de difícil solução, até que escutei dramaturgos (vocês, meus amigos) falando sobre estrutura de dramaturgia e a crise que prepara o desenlace da trama. Não sei se era a intensão, mas passei a pensar naquela cena como uma crise que não deveria existir naquele momento, pois minha personagem, como ferramente do autor, entenderia da estrutura a ponto de identificar que aquela hora não era a da crise afinal.
Guardei comigo e penso a cada apresentação em como mostrar isso ao público. A crise tem hora pra contecer, não a que queremos, muito menos aquela pra qual estamos preparados, mas hora em que tudo o que se contruiu no roteiro se acumula e explode em urgência de reação.
Essa viajenzinha no universo dramaturgico me fez pensar no cotidiano. Nossas vidas. Escolhas.
Decidimos em algum momento, vivenciar a fé de maneira ativa, estudar preceitos, adequar condutas. Muitos pensam que isso é uma busca pela paz, mas na verdade é um comprometimento que passa longe da mera contemplação e exige esforço, dedicação e até esquecimento, pra que ocorra de forma autentica e nos eleve espiritualmente.
Assim vivo minha fé, muitas vezes disforme. Apreendo elementos, acumulo experiências até que a crise verdadeira me cobre o resgate das condutas esquecidas e me deixe escolher se quero enfrentar tudo sozinha, baseada na lógica, ou se quero crer que todos os problemas tem solução, contrariando esperanças machucadas.
As crises virão, sempre. A cada recomeço, escolho a disciplina e assumo a fé.
Se eu pudesse fazer um único pedido: volte a escrever!
Gassho!
"Dentro do armário das vontades" é ótimo. Parabéns pelo blog. Curto muito! :-)
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